15 de jun. de 2009

CRISE...BASTA...

Hoje resolvi falar sobre a crise. Sim a crise que provocou e continua provocando impactos sobre a vida de muitas pessoas. Os efeitos do desemprego ou do desaquecimento econômico vão alem dos aspectos econômicos mais imediatos. A crise invade o cotidiano, afeta as relações familiares, desempenho escolar e até mesmo a saúde das pessoas.

Diferentes problemas são responsáveis pelo quadro que vem se instalando e cada vez se torna mais difícil de se controlar, colocando em risco a sobrevivência da espécie humana no planeta. Não, não vou falar de ecologia ou sustentabilidade, nem tão pouco, sobre as ideologias que já se mostraram absolutamente nociva a espécie humana, que em nada contribuem para a felicidade do ser humano.

Percebe-se nitidamente que faltam políticas publicas que suportem ações sistemáticas de apoio a população neste sentido.

Quantos de vocês conhecem o resultado desta crise? O que ela faz é tornar agudo um problema estrutural e que vem se avolumando nas ultimas décadas: a reestruturação produtiva, ocorrida com a introdução de novas tecnologias e formas de organização do trabalho que, ao final, se traduziram no enxugamento de postos de trabalho.

Isso representa isolamento, angustia e inseguranças, além da instabilidade econômica, familiar, emocional e profissional. Esse “não lugar” na sociedade é produtor de sofrimento psíquico.

Durante o seu primeiro discurso (15/06/2009) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o Presidente Lula diz que a crise econômica e o desemprego não são culpa dos "imigrantes e pobres do mundo". Ele disse também que avanços sociais no Brasil - que ele atribuiu ao - Fome Zero, Bolsa Família, redução dos níveis de pobreza e elevação do salário mínimo - também melhoraram as condições dos direitos humanos no país.

Mostrar que estar desempregado é conseqüência de uma serie de implicações de caráter econômico e político não basta Senhor Presidente.

Também não são suficientes os “peixes” que são entregues. Entendo que o povo brasileiro, em sua dignidade e abandono, se tornou refém dos eternos programas sociais (bolsa família, leve leite, pró-uni, fome zero, etc.) considerados estes os verdadeiros “mensalinhos”. É preciso contribuir para que as pessoas busquem saídas, seja um processo de reinserção no universo de trabalho, seja em ações na linha da economia solidária, seja na busca de novos conhecimentos (pensar no papel do sistema S) ou, ainda, em iniciativas de trabalhos autônomos. Há que se buscar políticas idôneas que criem a emancipação das pessoas e não suas eternas dependências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário