14 de abr. de 2009

Educação

Ontem iniciei dando aulas para o curso de Pós Graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho. As minhas aulas são de Metodologia do Ensino Superior.

Ao receber o convite pensei primeiro sobre como seriam os alunos. O que estariam buscando através deste curso. Depois comecei a montar os slides referentes ao conteúdo que eu pretendia dividir com o grupo. E vieram algumas reflexões.

Pensei que para exercer a docência tenho que ter a capacidade de focar a promoção do desenvolvimento humano, social, político e econômico do país.

Ao entrar na sala de aula para ensinar uma disciplina não deixo de ser uma cidadã, alguém que faz parte de um povo, de uma ação que se encontra em um processo histórico, participando da construção da vida e da história do meu povo.

Tenho que ter visão de homem, de mundo, de sociedade, de cultura, de educação que dirige suas opções e suas ações mais ou menos conscientemente. Tenho que ser alguém compromissado com meu tempo, minha civilização e minha comunidade.

Isso não se desprega de minha pele no instante em que entro em sala de aula. Posso ate querer omitir tal aspecto em nome da ciência que devo transmitir. Talvez, ingenuamente, acredito que possa fazê-lo de uma forma neutra. Mas como professora, continuo cidadã e política, e como profissional de docência não poderia deixar de sê-lo.

Para que o Brasil tenha escolas que sejam molas propulsoras do progresso e do desenvolvimento social, será preciso formar professores que sejam mais do que professores e sim educadores dispostos a como o próprio nome diz: EDUCAR. Para a transformação de algumas profissões, inclusive a do Professor, há necessidade de se revisar os currículos dos cursos, não no sentido de listar mais conteúdos a serem ministrados, mas quais as finalidades desses conteúdos.

2 comentários:

  1. Sílvia, não sei se você sabe, mas diariamente vivo duas situações completamente distintas: pela manhã, sou EDUCADORA em uma escola pública da periferia de Diadema e às tardes, leciono em uma das melhores escolas de São Paulo...
    Lendo seu artigo, mentalmente questionei minha docência... Onde meu trabalho é socialmente mais importante? Não encontrei resposta (estou elaborando ainda...) Mas de uma coisa eu sei: em Diadema sou mais feliz...

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  2. Com certeza esse pensamento te ajudará a formar melhores profissionais e com isso professores mais bem preparados. Quem sabe um dia essa profissão tão importante tenha o reconhecimento merecido.

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