28 de jul. de 2010

A SUB-REPRESENTAÇÃO FEMININA NA VIDA PÚBLICA

Temos muitos problemas, entre eles a precariedade da vida nas favelas, desestrutura dos aeroportos e das nossas estradas, os inúmeros problemas relacionados ao trânsito, a deficiência em tratamentos de esgoto e de água, entre outros. Estas questões são um entrave ao futuro do nosso país.

As soluções existem, mas para que sejam colocadas em prática é necessário que os governantes e o povo façam uma retomada de consciência, se todos colaborassem e pudessem confiar em seus representantes para gerir estas verbas, com certeza todos os problemas de fome e miséria seriam erradicados da face da terra, mas a ganância e a desconfiança falam mais alto.

Só neste ano no Brasil, em decorrência das chuvas de verão, mais de 300 municípios foram atingidos por tragédias que levaram à morte cerca de 500 pessoas e deixaram desalojados ou desabrigados outros 300 mil brasileiros, segundo estimativas das Defesas Civis estaduais.

Os nossos conceitos de economia, bem como as decisões a cerca das prioridades na economia, deveriam estar mais interligados com a questão dos resultados sociais, não para beneficiar a elites privilegiadas, mas para abranger todo e qualquer cidadão de forma indiscriminada, este deveria ser o sonho de cada um de nós.

Hoje quero falar sobre a sub-representação feminina na vida pública. Poucos meses de campanha aprendi que tenho que ser mais tolerante. Que tenho que desenvolver uma grande capacidade de lidar com imprevistos, aprender ainda a negociar e a lidar com o desconhecido.

Tenho muitos desafios pela frente. Preconceitos, desencantos...

A falta de mulheres na política é um fator de déficit democrático. Tradicionalmente a prática política é uma esfera de atuação masculina. Temos grandes lideranças sociais, intelectuais que deveriam se envolver dando um passo para a renovação, no entanto concorrer a cargos eletivos e exercer um mandato não é fácil, mas é algo que temos talento e capacidade.

Infelizmente a construção de uma carreira política é extremamente onerosa para a mulher. Sem recursos financeiros ou influência, sem tempo para a ação política por conta da dupla jornada de trabalho, com a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, é muito difícil participar da política partidária. A mulher não tem nenhum incentivo e nem tão pouco espaço.

Muitos me perguntam sobre a Plataforma Política, quando na verdade nem o sistema de cotas tem apresentado efeitos diretos sobre as candidaturas e possui apenas um caráter simbólico. Não há sanções para o não cumprimento da lei 9.504/97.

O que deveria ser inclusivo, justo e democrático se mostra estagnado, injusto e principalmente antidemocrático.

Sem uma reforma política, não se terão instituições. Sem o fim do financiamento privado de campanhas, o controle de massas não diminui. O Brasil, e a maioria dos países vizinhos enfrentam uma questão, com vida futura e provável de gente: o colonialismo.

Somos ainda colônia. Trocamos apenas o controle. Com a população dependente dentro do Brasil, não se pode falar em voto livre. Eleger-se-ão todos os políticos que deveriam estar enterrados e se isso continuar permanecerão pelos séculos e séculos.

Ou não... Faça a diferença. VOTE CERTO. JUNTOS, FAREMOS A DIFERENÇA.

VOTE 2022

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