2 de mar. de 2010

Sub-representação feminina

Hoje quero falar sobre a sub-representação feminina na vida pública.

Isso é um fator de déficit democrático. Tradicionalmente a prática política é uma esfera de atuação masculina. No entanto concorrer a cargos eletivos e exercer um mandato não é algo que somente os homens têm talento e capacidade.

Infelizmente a construção de uma carreira política é extremamente onerosa para a mulher. Sem recursos financeiros ou influência, sem tempo para a ação política por conta da dupla jornada de trabalho, com a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, é muito difícil participar da política partidária. A mulher não tem nenhum incentivo e nem tão pouco espaço.

Muitos me perguntam sobre a Plataforma Política, já que sou uma pré candidata. Na verdade nem o sistema de cotas tem apresentado efeitos diretos sobre as candidaturas e possui apenas um caráter simbólico. Não há sanções para o não cumprimento da lei 9.504/97.

O que deveria ser inclusivo, justo e democrático se mostra estagnado, injusto e principalmente antidemocrático.

As mulheres são as mais vulneráveis. Responsáveis por 58% no que diz respeito à organização socioeconômica das famílias, sofrem a violência domestica e a violência urbana. Para sobreviver neste contexto, à mulher tem que multiplicar seus esforços para garantir a sua sobrevivência social, principalmente nos campos da segurança e da saúde publica. Daí a importância de sua condição educacional, sua habilidade no trabalho, os resultados materiais do seu trabalho, a habitação e os equipamentos urbanos necessários à sua sobrevivência.

Na minha Plataforma Política vejo como prioridade a reforma política. Esta é uma questão fundamental. Talvez a lista fechada possa vir a ser um avanço na maneira de eleger deputadas. Fechando a lista poderia se embutir uma cota para mulheres, mas para isso precisamos de mais mulheres engajadas nesta proposta.

Sei que um dos caminhos mais eficazes para a frustração é criar expectativas. É da natureza da mente esperar que algo muito desejado aconteça rapidamente. E, quando vivemos de modo inconsciente, não conseguimos perceber este jogo que nos leva sempre a esperar pela realização urgente de nossas esperanças e a sentir uma grande decepção quando elas não se concretizam. Visto que não temos o poder de determinar a vontade e as atitudes alheias, torna-se impossível que possamos ter garantida a realização de todas as nossas expectativas.

Aprendizado, nada mais do que aprendizado. Percebo isso no dia-a-dia cada vez que algum acontecimento chama minha atenção e me leva a fazer uma reflexão interior, algo que se tornou rotineiro. Nada é por acaso. A vida se torna mais rica a cada dia e eu percebo estar trilhando um caminho de sabedoria com essa reflexão, coisa que se reflete nos meus atos e nas minhas atitudes.

O medo de mudar, o comodismo e a estagnação nas conhecidas zonas de conforto são os maiores inimigos que uma pessoa pode ter. É triste perceber que muita gente sonha com uma vida melhor, utiliza técnicas de criação de novas realidades e pensamento positivo, mas quando as oportunidades surgem aí elas ficam praticamente congeladas pelos medos, e não dão a ponta pé inicial para manifestar as novidades.

Sem uma reforma política, não se terão instituições. Sem o fim do financiamento privado de campanhas, o controle de massas não diminui. O Brasil, e a maioria dos países vizinhos enfrentam uma questão, com vida futura e provável de gente: o colonialismo. Somos ainda colônia. Trocamos apenas o controle. Com a população dependente dentro do Brasil, não se pode falar em voto livre. Eleger-se-ão todos os políticos que deveriam estar enterrados e se isso continuar permanecerão pelos séculos e séculos.

Ou não... Façamos a diferença. VAMOS TRANSFORMAR IDEIAS EM RESULTADOS.

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