Hoje vou falar sobre algo que vivencio em minha casa. Meu filho é Biomédico e esta elaborando um projeto de pesquisa, pleiteando uma bolsa para o Mestrado. Olhos brilhantes, voz ativa, coração pulsando, talvez ainda distante da meta, mas firme na esperança. Afinal tem apenas 22 anos.
Preocupa-me um possível declínio deste estimulo. Se bem que sem recursos, mas, com abnegação, determinação e garra, tem sido incansável. Sei que ele não é o único a ter um sonho e ver a realização do seu projeto distante.
Sabemos que o acesso à universidade não é uma realidade para a maioria dos jovens deste país. A expansão das universidades particulares e o sucateamento da educação pública não garantiram aos jovens o direito de cursar o ensino superior. Somente 11% dos jovens chegam às universidades e os níveis de evasão ainda nas escolas de ensino fundamental ainda são muito altos.
Os jovens brasileiros representam, com a crise, cerca de 40% da população desempregada. E os que conseguem partir em busca de uma maior qualificação, (mestrados e doutorados) não obtêm ajuda. Governo após governo não investem em educação e produção de conhecimentos.
É comum ler nos jornais: “Falta de investimento dificulta pesquisa...” “Falta de investimento em pesquisa atrasa descobertas para a Saúde...” “Falta investimento em pesquisa e preservação no Brasil...” “Burocracia dificulta o investimento em pesquisas...”
Sabemos que a ausência de marcos regulatório e políticas públicas estáveis é um problema que põe em risco o investimento em pesquisa.
Por falta de investimentos em inovação, na busca de soluções eficazes, perdemos competitividade no mercado globalizado. Esta dependência financeira em relação ao governo, somado aos baixos salários e à falta de equipamentos e insumos para pesquisa, nos insere numa posição nada competitiva.
O nosso governo, lamentavelmente, não acordou ainda para a importância de um investimento de porte significativo para os setores educação e saúde que estão tão entrelaçados. Ainda não percebeu que para um país crescer precisa valorizar a formação do conhecimento.
Este é apenas um, entre milhares de exemplos de descaso referente á qualquer assunto que tange diretamente o povo, principalmente a população de baixa renda. Mas o que mais me assombra, entristece e preocupa é o fato de nós brasileiros não tomarmos nenhuma atitude em relação á tudo isso. Não cobramos, não exigimos, apenas aceitamos.
ResponderExcluirsempre acompanho seu blog Silvia...
ResponderExcluirsuas materias esta de parabens...
Fabiane