“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer”. Albert Einstein
Como eu havia me comprometido anteriormente, uma vez na semana procuro fazer algo para evitar o continuísmo. Não sei se obterei sucesso, mas vou continuar tentando.
Nós mulheres somos mais da metade dos eleitores brasileiros, e ocupamos menos de 10% das vagas no Congresso Nacional. Na Câmara, a representação feminina hoje é de apenas 45 deputadas contra 468 homens, uma participação de tamanho constrangedor.
Na América do Sul, o Brasil é o penúltimo colocado no ranking que mede a participação feminina nas câmaras federais, com apenas 9% de mulheres. A Argentina é o país que lidera o levantamento da União Interparlamentar, com 40% dos assentos nas câmaras ocupados por mulheres.
O ranking sobre a participação das mulheres nos Parlamentos em 192 países do mundo situa o Brasil em 146º lugar, atrás da média dos países árabes, sabidamente restritivos em relação à participação das mulheres em instâncias de poder.
A última pesquisa do IBGE (dados de 2007) aponta que o número de mulheres chefes de família cresceu 79% em dez anos, passando de 10,3 milhões, em 1996, para 18,5 milhões em 2006. A despeito disso, a brasileira continua subempregada, ganhando em média 30% a menos do que os homens.
O sonho da mudança, de um governo diferente, que rompa com acordos ou políticas que não privilegiam a maioria, mas sim, pequenos grupos, não podem ficar restritos as pretensões, desejos e esperanças.
Venho me empenhando para garantir no futuro uma maior participação nos espaços públicos de poder. Os dados nos mostram que os desafios são muitos e que nós mulheres precisamos manter nossa unidade e nossa determinação em defesa de propostas ousadas que corrijam as enormes desigualdades que perduram há séculos no Brasil.
Chega do conjunto de políticas assistencialistas. Somos extremamente capazes, afinal enfrentamos a dupla jornada.
A transformação da realidade passa pela cidadania ativa dos habitantes das cidades. Um caminho para que o homem se mobilize numa ação transformadora é sentir-se como parte integrante, comprometendo-se com o desenvolvimento nas múltiplas interações e práticas sociais.
Quando falamos sobre Política, espera-se que sejam contempladas as necessidades básicas do Ser Humano, através de nossos representantes e de nossas leis. No entanto o nível de educação e participação cidadã é muito diferente dentre as diversas regiões do país. Lamentavelmente a sociedade em sua maioria não está preparada para opinar, participar e exercer, de fato, sua cidadania política.
Saneamento Básico, saúde, alimentação, moradia, segurança, educação e um emprego estável. Em suma, esperamos ter reconhecido as nossas capacidades e finalmente ter condições de desenvolver os nossos potenciais. Como alcançar tudo isso? A resposta é EDUCAÇÃO.
A cultura como instrumento de inclusão social, colabora para que as pessoas se reconheçam como parte de um lugar, comprometendo-se com causas coletivas.
Sou absolutamente contra os cortes de investimento na área da educação. Acredito inclusive que se deve investir amplamente no ensino, pesquisa e extensão.
Estou fazendo a minha parte, faça a sua também. Vamos transformar idéias em resultados.
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