30 de ago. de 2009

ANOS DOURADOS

Década de 50. No cenário a garota, de Tom e Vinícius, com sua plástica perfeita desfila nas areias de Ipanema, sendo aplaudida com poesia. O mundo renasce depois das trevas da 2º guerra mundial. Anos 60, a irreverência e rebeldia desta época estão marcadas nas canções e imagens que chegam até nós. Brasília ergue-se imponente no Planalto Central, um sonho celebrado pela visão política de Juscelino e pela sensibilidade de Niemeyer, que transforma o concreto armado em obra de arte. Os anos de ferro no Brasil, anos 70, a guerra fria invade o mundo. Nas discotecas o Black Power reina soberano, e no Brasil, mesmo sem democracia, a voz da poesia não se faz calar. Diretas já, anos 80, revolução total. O Brasil caminha a passos largos em direção à liberdade, o mundo se surpreende com a nossa graça e o nosso toque especial. O mundo se surpreende com o jeito brasileiro de fazer revolução, sem que o sangue seja derramado. Em meio a uma estética que muda radicalmente o mundo inteiro clama pela paz. Nos anos 90, nos bares, nas praças, nas ruas, o Brasil revela suas idéias livremente, agora com a leveza dos ares trazidos pela democracia. No inconsciente das pessoas os anos dourados ressurgem com toda a força.

Anos 2000, depois de pagar um preço talvez alto demais pela modernidade, o homem reavalia seus conceitos. Em nossos tempos, o ciclo parece completar-se. Começamos lentamente a nos reinventar, a reinventar nossos deuses, a exorcizar nossos demônios, mas principalmente a nos utilizar, do único instrumento que nos permitiu sobreviver milhares de anos: A ESPERANÇA.

E é nesse clima de reinvenções e reciclagens que caminhamos. Lá se vão quase 10 anos somados aos anos 2000. E quanto esses últimos anos tem sido dourados?

Alguns questionamentos surgem diante de tantos fatos. Procuro pelos conceitos que justifiquem as condutas dos seres humanos. Caráter. Desvio de conduta.

Preciso entender para reinventar e reciclar a minha existência. Nascemos, crescemos em meio há muitas experiências. Essas experiências vão moldando o nosso caráter. Será mesmo esta a premissa? Ou será que nascemos com o caráter formado pelos nossos genes? A controvérsia é grande. Eu particularmente acredito que nascemos com uma predisposição genética e o meio contribui na formação.

Que homens o nosso meio vem formando? Qual a conduta esperada, para vivermos em grupo? O que seria o “desvio de conduta”? E o caráter, onde entra quando falamos da conduta esperada? Conduta nada mais é do que uma manifestação do comportamento. O comportamento tem um código previamente aprovado por um determinado grupo. Quando falamos em desvio de conduta queremos dizer que alguém ou grupo não esta tendo um comportamento que atenda esses códigos. E o caráter? Designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada um, esta qualidade é inerente somente a uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o seu modo de ser, sua índole, sua natureza e temperamento. Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade.

Como disse um dia Abraham Lincoln, se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder. Colocamos à prova alguns homens nas últimas eleições e estamos nos distanciando de anos dourados... O que fazer?

Nas próximas eleições podemos reverter esta situação. Eu, você, todos nós podemos RENOVAR. Vamos transformar e reinventar, construindo um Senado Dourado.

Sem que tenhamos que ouvir o “Sir” dizer-se “ofendido” e “Humilhado”.

Vamos pensar sobre isso.

Abraços a todos.

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